domingo, 6 de março de 2011

Aprendendo novas lições

Domingo de chuvinha em casa e tranquilos (mas atentos, sempre!). Foi uma semana tensa e intensa (a parada começou na segunda). Quem dormiu sabendo que no dia seguinte vinha uma velha conhecida (a tal da Doxo!!)?

Mas passamos... eu acho. Por um breve instante, tivemos a sensação de "tudo de novo", aquele frio na barriga e a sensação de "Ah Não!" veio rápido... mas coloquei o pé no peito da primeira, segurei pelo pescoço a segunda e disse: nem pense nisso!

Medimos o tamanho da queda, demos as mão e, sem dizer nada um pro outro, veio o pensamento: "vamo pula"! Luíza, Rose e eu nos saímos bem! Deu certo! Luíza foi bem corajosa... bateu o pé que não voltaria pro hospital. Mesmo com a carinha derrubada, vomitando e sem vontade nenhuma de fazer algo (comer, brincar etc) se esforçou e conquistou mais uma vitória e, com isso, confiança... não precisou tomar soro, agulhada...

Hoje ela ficou sabendo que nossa velha companheira, a Dara (nossa boxer de 9 anos), que estava na casa da vovó Ides, morreu. Foi triste! Isso já faz alguns dias, mas não tivemos coragem de contar. Aproveitei essa coragem que ela ganhou e o momento menos turbulento para dar a notícia. Acho muita coisa... muita informação pra uma cabecinha de 6 anos, que já está fora do seu mundo (escola, amigos, parquinho, festinhas etc) e vive num mundo paralelo (como costumo dizer), em meio a hospitais, enfermeiros, agulhas, remédios e outras crianças com histórias que eu não gosto nem de lembrar... mas faz parte de nossa vida e precisamos aprender a lidar com isso!

Lembrando uma passagem do filme "Procurando Nemo", a cena em que o pai do Nemo, o Marlin encontra um cardume de peixe-espada e fica ansioso pra que eles indiquem um endereço que ele precisa, mas o cardume está apenas concentrado em entreter a Dori com imitações de figuras e objetos. Numa irritação de Marlin, o cardume o imita e repete: blá, blá blá, eu, eu, eu, blá blá, blá, eu, eu, eu... insinuando seu egoísmo e mau humor.

Pois é, acho que fiquei assim por um tempo. Até entendo o peixinho por se tratar do desespero por um filhote, mas, mesmo assim, queria pedir desculpas. Acho que fui chatinho e desesperado com algumas pessoas próximas que me suportaram nesse período. Minha mãe (vovó Vanja), vovó Ides e Rose foram as que mais sentiram... então, desculpem!

Tento e não consigo me lembrar de muita coisa quando tinha 6 anos. Um dia, perguntei pro Marlon, meu irmão: você lembra de algo quando tinha 6 anos? Não se lembrou de muita coisa... ufa! A maioria não lembra ... você se lembra? Então, espero que isso que está acontecendo com a Luíza fique bem lá no passado... Lembrando outra passagem de filminho ("A era do gelo 2"), a preguiça Sid diz pro Mani (o mamute): "você tem que esquecer o passado pra ter um futuro"! Ótimo... acho que é isso... vamos esquecendo o que não interessa... (não acabou... mas já estou treinando pra acabar). Isso ajuda e empurra os dias.

Viu?! Estamos sempre aprendemos coisas novas... todos os dias, até com a Luíza... e inclusive com os filmes infantis que assitimos 238 vezes por dia!









Beijos e obrigado pelo carinho de Rafael Hilário, Cláudio (Araçatuba), Bete e o pessoal muitísssiiiiimo alto-astral da Editora!

PS* Opa! ganhamos o Ken! Mas no primeiro dia de brincadeira já fui obrigado a casar, arrumar um emprego, levar a Barbie no shopping e lavar o banheiro!! Que chato!! Nem brincando eu escapo de lavar o banheiro!!!

Abraços,

Alexandre

5 comentários:

  1. Rose, Alexandre... dos meus 5 ou 6 anos, eu me lembro mais das coisas boas, sabe? Formaturinha do pré, brincadeiras do parquinho... Tb tenho uns flashs de inalador de hospital e de pesadelo ruim, mas o legal é que as dores físicas se apagam. Acho que pra Luíza vai ficar mesmo o carinho com que é cuidada por vocês. Espero que, com o tempo, as lembranças também sejam menos dolorosas pra vocês. Outro dia li um belo texto de uma amiga da Glauciana, que questionava "Quando o filho fica doente, quem cuida da mãe?". Pois são os anjos. Boa noite...

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  2. Alexandre e Rose,

    Também não lembro de coisas que vive aos 6 anos de idade, nada, nada mesmo e conversei com uma amiga que conheço desde os 5 anos de idade e ela lembra de coisas como a roupa que eu usei quando fizemos nosso primeiro desfile na escola. (rsrsrs).
    A nossa princesa infelizmente não poderá apagar este momento da vida dela, mas espero que ela guarde ele na caixinha de lembranças ruins e passe um cadeado com mil chaves para este período ficar "esquecido" em algum canto.
    Que ela só lembre das coisas boas, como as brincadeiras com a Barbie, Ken e papai.

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  3. Oi, Alê, cada vez que leio seus comentários,admiro-os mais e mais...Vocês são pais maravilhosos, estão vivendo momentos de muitas preocupações e angústias, o que é normal, pois nós aceitamos e entedemos tudo o que acontece à nossa volta, porém não conseguimos entender o que se passa com os filhos, não aceitamos e, principalmente, não queremos vê-los passar por situações como essa. è normal a constante mudança de humor, queremos ficar sozinhos, queremos viver incondicionalmente prá eles. Mas a nossa princesa vai se recuperar muito em breve e os fantasminhas camaradas irão embora.Você é um paizão maravilhoso e a Rose uma mãe exemplar! Adoro vocês e continuamos aqui rezando e torcendo prá que tudo volte à sua normalidade e, muito em breve (quando a Luiza estiver prontamente restabelecida) iremos aí darmos os beijos e os apertos bem de pertinho...Beijos à todos.

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  4. Queridos, Rô, Luiza e Alê!
    Com certeza, a maior lembrança que a Luiza terá de seus 6 anos será desse imenso carinho, cuidado e amor de vocês! Pode até se lembrar dos momentos do tratamento, mas o que fica realmente no coração da gente são os momentos especiais, a parte boa... Quando eu era criança, meus pais brigavam muito, muuuuuuuuitoooooo mesmo (violência mútua, polícia chamada pelos vizinhos, uma coisa feia, feia mesmo enfim...). Não tenho vergonha em falar, fez parte da minha história, e foram muitos aprendizados com tudo isso! (olha aí de novo a tal parte boa de tudo...) Eles tinham muitos problemas financeiros, muitas diferenças mesmo e, no meio de tudo isso, eu tive por 5 anos um problema complicado de estômago, vomitava várias e várias e várias vezes ao dia. Ao ponto de minha mãe viver horas a fio diárias lavando roupas, roupas de cama, era muito difícil pra ela...Também fiz uma cirurgia no olho com anestesia geral, curativos por meses massss.... O que realmente ficou da minha infância? Foram os momentos de alegria e brincadeiras com eles (juntos e separados). Podem ter certeza que só ficou a parte boa e os momentos únicos ao lado desses queridos pais, escolhidos a dedo pela espiritualidade para me receberem por aqui. Era nesse lar que eu precisava reencarnar e ter minhas provas e missões. Ao modo deles, Mauro e Rosa tiveram seus acertos e erros, mas fizeram tudo o que podiam a essa única filha. Então, acredito que será tudo de melhor da infância que a Luiza levará por toda a vida. Essa prova de amor e essa doação diária incrível que vocês dão ficarão gravados nela (e em nós como um grande exemplo) para sempre. Por que a vida é feita desses momentos em que superamos barreiras e provamos que não existem limites para a esperança e o verdadeiro amor, que tudo vence. Com imenso carinho, fui ao Centro Espírita Amor e Caridade nesse domingo e coloquei o nome da Luiza na vibração amorosa novamente e continuarei sempre, sempre. Bons pensamentos sempre, esperança sem fim, constante e renovada, renovadora! E junho está logo aí, acenando com a certeza de uma grande vitória. Estamos juntos, sempre! Um grande beijo no coração de vocês!!!

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  5. Fala ae Brow!!!

    Quanto a lavar banheiros é um mal necessário que todos nós homens estamos sujeitos...

    Estive fora uns dias viajando e incomunicável, estou tomando ciência de tudo o que ocorreu com vocês hoje...

    Irmão espero que esteja tudo bem...

    Lembre-se DEPOIS DAS TEMPESTADES O CÉU SE ABRE E UM LINDO SOL APARECE...

    e NÃO HÁ TEMPESTADE QUE DURE PRA SEMPRE...


    força!!

    MArcelo

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