segunda-feira, 13 de agosto de 2012

8 anos

Por que você é flamengo
E meu pai botafogo?
O que significa
"impávido colosso"?
Por que os ossos doem
Enquanto a gente dorme?
Por que que os dentes caem?
Por onde os filhos saem?
Por que os dedos murcham
Quando estou no banho?
Por que as ruas enchem
Quando está chovendo?
Quanto é mil trilhões
Vezes infinito?
Quem é Jesus Cristo?
Onde estão meus primos?
Well, well, well
Gabriel...(bis)
Por que o fogo queima?
Por que a lua é branca?
Por que a terra roda?
Por que deitar agora?
Por que as cobras matam?
Por que o vidro embaça?
Por que você se pinta?
Por que o tempo passa?
Por que que a gente espirra?
Por que as unhas crescem?
Por que o sangue corre?
Por que que a gente morre?
Do que é feita a nuvem ?
Do que é feita a neve?
Como é que se escreve
Réveillon?
(Oito anos, Paula Toller)


Luíza, 8 anos recém-completados, linda, saudável, feliz e cheia de vontade de viver... não preciso de mais nada nessa vida, meu Deus! Obrigada por essa dádiva!!!
 


domingo, 17 de junho de 2012

A vida como ela é

Olá a todos!

Esse ano está passando rápido, né? Lá se foi a metade de 2012!
Que bom! Apesar de não estarmos mais em contagem regressiva pra nada (graças a Deus!), seria bom se o mês de agosto chegasse logo. É que esse é um período muito especial do ano. Luíza vai completar 8 aninhos dia 2/8. E não é só isso: nesse mês, vamos completar 1 ANO do fim do tratamento e isso não é só uma data a ser comemorada. É muito mais que isso!

O primeiro ano após o tratamento ainda é cercado de muita expectativa. Tudo ainda é muito recente e as idas ao hospital ainda são constantes. Apenas para exames, é claro! Mas é uma rotina extenuante.
Voltar ao HE ou ao Hospital da Unimed sempre traz muitas recordações nada agradáveis. E a nossa ansiedade vai a mil a cada exame feito. O frio na barriga é impossível de controlar. Enquanto não sai o parecer do médico dizendo que está tudo bem, que ela está ótima, a gente treme nas bases.

Agora em junho Luíza está fazendo a bateria de exames do trimestre. Fez ultrassom, raio X e ecocardiograma. Tudo limpinho e tranquilo... ufa! Depois de agosto, esses exames deverão se tornar semestrais. E isso é um grande passo, um grande alívio também. Então, que venha agosto!

Alegria sempre!
Tirando esses exames e a tensão que eles causam, podemos dizer que a rotina tem voltado ao normal (a rotina, não a vida, porque a vida nunca mais vai ser como era. Tem outro sabor, outra cor...).
Luíza está superbem na escola! Está adorando tudo: as aulas, os amigos, a professora, a hora do recreio e as aulas de dança e de pintura em tela. Sim, ela já pintou dois quadros lindos. E o primeiro está aqui:


Ontem foi a Festa Junina da escola. Chorei baldes ao vê-la se apresentar. Foi inevitável comparar com a festa do ano passado, quando juntamos a família e fizemos o Arraiá da Luíza, tudo muito íntimo e cheio de cuidados, já que ela estava no meio do tratamento (veja aqui). Algumas pessoas até me dizem: pra que ficar lembrando disso? E eu respondo: isso é importante para solidificar a vitória e mostrar como tudo isso está ficando para trás.


Luíza dançou de caipirinha e, depois, de cowgirl. Uma graça! Sempre feliz e curtindo muuuiiito cada momento. Isso é o que faz a vida valer a pena!

Toda pedra no caminho...

Nesses quase três meses que não posto, aconteceram alguns sustos. Depois de um longo período sem ter nada, um belo dia Luíza começou a ficar abatida e a tremer. Coloquei o termômetro e veio o susto: 38,5°. Ela começou a chorar dizendo que não queria ir pro hospital. Nós a tranquilizamos e dissemos que não seria necessário, que a gente ia observar em casa. Foi uma longa noite em claro, medindo a temperatura a cada meia hora.

Dois dias depois, vieram os espirros e o nariz congestionado. Ufa! Apenas uma gripe... ah, que criança não tem gripe? Não é por nada, não, mas nunca imaginei que ficaria "feliz" em descobrir que era gripe. Sinal de que tudo está voltando à normalidade.

Tá, mas também não precisava exagerar, né? Passados alguns dias e depois de estar recuperada da gripe veio uma dor de barriga. Aí o negócio foi de assustar! E toca a gente ligar pra doutora Ana, que disse pra levar ao hospital. Luíza retrucou: "não, já estou ficando boa, não quero ir para o hospital". A dor foi resultado de um desarranjo intestinal, que logo passou e não voltou mais. Como isso aconteceu na véspera do ultrassom, nós ficamos um pouco mais calmos: qualquer coisa de errado, o exame apontaria. Não apontou nada, tudo tranquilo. Sintomas de um dia exagerando na alimentação inadequada (doces, churrasco e refrigerante).

Somando-se a esse turbilhão de emoções, veio uma notícia muito, mas muito triste mesmo. Ficamos sabendo que uma das coleguinhas de químio, que também havia se tratado do Wilms, virou uma estrelinha. Foi uma grande guerreira, mas tinha um tipo mais agressivo do tumor.

Essa notícia nos derrubou! Você tem um prognóstico de 90% de cura para essa doença e, de repente, fica sabendo que alguém tão próximo não conseguiu vencer! Como assim? Vem o medo, o desespero, a angústia e até mesmo a culpa. Como comemorar a vitória da nossa filha vendo uma mãe e um pai sofrendo a perda de seu filho pra essa doença maldita?

Toda a nossa solidariedade à família da linda Heloíse. Que Deus conforte o coração de vocês!

E, quanto à nós, cabe agradecer diariamente, de joelhos, as bênçãos que recebemos. Agradecemos a vida, a saúde, a alegria e a vitória. E sempre pedimos com todas as forças para tudo isso que nos aconteceu ficar guardado numa caixinha de lembranças do passado, para que a gente só abra quando precisar refletir e agradecer a Deus e Nossa Senhora.

E que venha agosto!

Beijos

Rose

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Pique total!

Olá!

Estamos bem sumidos daqui, é verdade!
Mas, com tantas coisas boas acontecendo, queremos mais é aproveitar a vida.

Algumas pessoas ainda acompanham o blog e têm me cobrado notícias da nossa guerreira, por isso, dei uma passadinha rápida para atualizá-los.

Retomamos nossa rotina e isso é maravilhoso. A escola faz um bem danado... estar cercada de amigos, ter horários, aprender coisas novas... isso tudo é bom demais!

Luíza voltou com pique total e está com sede de novidades. Quer fazer tudo o que aparece...
Além das aulas normais, está fazendo curso de Pintura em Tela e Street Dance na própria escola e adora!

Nossa última visita ao hospital foi dia 2 de fevereiro. Como, graças a Deus, ela estava ótima, entrou no esquema de avaliações trimestrais. Ô coisa boa ficar tanto tempo sem ir ao HE!!! Nossa próxima consulta é dia 2 de maio, quando a dra. Ana vai pedir os exames do trimestre.

Ah! O cabelinho está crescendo bem rápido... e todo cacheadinho! Coisa linda de ver:


Feliz Páscoa para vocês! Que o renascimento de Jesus mostre que é sempre possível acreditar na felicidade e na paz.


Beijos,

Rose

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Transmitindo esperança...

Fevereiro teve início com uma bela, esperada e grandiosa novidade: a volta para a escola. Foi mais um momento que rendeu muitas lágrimas e emoção de sobra para os papais aqui.
Estar de volta ao convívio escolar é um sinal de vitória, assim como o crescimento do cabelo e tantas outras coisas que retomamos nos últimos meses.

Luíza estava feliz, ansiosa, animadíssima para recomeçar a sua rotina escolar. Muitos amiguinhos a reconheceram e isso a deixou bem alegre. Fomos com ela até a sala de aula e o nó na garganta era enorme. Fomos recebidos pela diretora, dona Graça, e pela professora, Silvana, que acompanharam a história da pequena aqui pelo blog (e também através do contato que mantivemos ao longo do ano passado).

Ainda estamos curtindo esse momento de redescoberta com bastante cuidado e carinho. Logo virão novas conquistas, se Deus quiser!

Enquanto isso, ainda mantemos uma certa rotina de hospital, já que os exames de acompanhamento e as consultas são necessários. Dia 2 foi dia de hemograma e visita à dra. Ana. Sem querer ser redundante, temos mais uma vez que erguer as mãos aos céus. Os exames estão ótimos, sem nenhum sinal de preocupação, e os super-heróis da princesa estão a postos.

Dra. Ana a abraçou e parabenizou por mais essa vitória (sempre é uma vitória ver tudo caminhando bem).

Em casa, seguem os cuidados com a alimentação e com a homeopatia, que vamos manter por mais cinco anos, pelo menos. O Bactrim - antibiótico que ela toma desde o começo do tratamento e que tem o objetivo de prevenir pneumonia fúngica - segue até o final desse mês. Depois, estamos livres.

Na mídia

A nossa luta sempre foi exposta aqui no blog de peito aberto. Isso nos ajudou demais na caminhada e recebemos muito apoio de perto e de longe. Agora queremos passar essa força adiante. Por isso, ao sermos convidados para dar entrevista falando sobre o que passamos, aceitamos de coração e sempre com a intenção de mostrar para quem está enfrentando a doença que sim, é possível vencer e ser feliz novamente.

Vou colocar abaixo duas matérias que foram publicadas recentemente e que pudemos dar a nossa contribuição. Uma delas saiu no jornal Bom Dia Bauru, da Rede Bom Dia, de autoria da jornalista Cristina Camargo:
http://www.redebomdia.com.br/flip/bauru/2012/2/12/index.html




A outra foi publicada na revista O Perigo do Câncer, da Editora Alto Astral, que está nas bancas e é um excelente material sobre o assunto:




A seguir, reproduzo a matéria da jornalista Adriana Serrano:

A superação é possível

Ninguém passa imune emocionalmente por um diagnóstico de câncer, mas especialistas (e pessoas que viveram o problema) mostram que essa experiência pode, sim, ser positiva. Veja como!

Texto Adriana Serrano Design Larissa Ramos

“Os exames demonstraram que você tem um tumor”. A frase, vinda assim, clara e objetiva da boca do médico, não deixa dúvidas sobre o diagnóstico. Mas o que se passa na cabeça e no coração de quem ouve essa mensagem não é nada simples nem objetivo.

“Quando você recebe um diagnóstico de câncer, a primeira reação é de pavor. Ainda mais quando a notícia cai como uma bomba, de repente, e no ser mais importante de sua vida: sua filha de seis anos”, relata a jornalista Rose Araújo, que enfrentou, através da filha Luíza, a experiência do câncer infantil.

A menina foi diagnosticada com tumor de Wilms no rim e nem o prognóstico favorável (as chances de cura giram em torno de 90%) impediram que toda a família ficasse desesperada.

Casos como os de Rose e Luíza infelizmente estão se tornando cada vez mais comuns, à medida em que o câncer avança, mas a doença não representam mais, como no passado, uma sentença de morte.

Por isso, o enfrentamento psicológico do problema vem se tornando parte essencial do tratamento, já que contribui para uma resposta mais positiva aos medicamentos e, inclusive, uma melhor aderência à longa jornada de superação da doença.

A relatividade do tempo

“Foram apenas duas horas entre o diagnóstico e a cirurgia”, lembra a mãe de Luíza. De fato, em muitos casos de câncer, o tempo pode ser o maior inimigo da cura e, por isso, é preciso agir rápido, o que exige ainda mais do emocional. Isso sem falar no quanto a vivência do tempo muda para quem acaba de identificar um câncer: a avalanche de emoções pode fazer com que horas sejam vividas como segundos, e vice--versa. “Esse é um momento que precisa ser conduzido com muito discernimento por parte do profissional encarregado de informar e orientar sobre a situação. As reações são muito diversas, bem como as estratégias de enfrentamento”, pontua a psicóloga Andréa Costa Dias, do Instituto Lado a Lado pela Vida. “O corpo e as emoções (insegurança, medo, angústia, incerteza) assumem o primeiro plano, e o cotidiano tem de ser redimensionado, pois deve incluir as várias etapas do percurso de tratamento”, completa.

A confusão de emoções de quem passa por essa experiência trágica deixa os principais envolvidos “fora do ar”, num momento em que há muitas providências urgentes a tomar: como consequência, as obrigações do dia a dia (entre elas o próprio cuidado consigo) vão ficando para trás. Enquanto todos se reorganizam emocionalmente para voltar à estabilidade, poder contar com um ombro amigo pode ser de grande valia. “Recebemos muito apoio de todos à nossa volta. Palavras de fé, orações, telefonemas e amparo dos amigos e familiares foram nossa pilastra nos dias mais difíceis”, confirma Rose.

Esse tipo de apoio, durante o tratamento, pode ser mais valioso do que parece, já que dividir a dor, falar sobre o que se sente, ajuda muito no caminho da superação. “É relevante também não sucumbir à ‘ditadura da fortaleza’, como se fosse possível ser forte todo o tempo. Chorar, entristecer-se, faz parte das situações difíceis da vida, e com o câncer não é diferente”, aponta Andréa.

Positividade sempre

Outro segredo de quem enfrentou com sucesso um tumor é a vivência positiva de cada passo do tratamento.

Isso significa olhar com entusiasmo para o que está dando certo, passando por cima do que não está, e lutar para jamais perder a fé. “O câncer pode se apresentar apenas como uma grande tragédia, mas pode também vir como uma grande oportunidade de mudanças. Positivar essa experiência é a melhor forma de se passar por ela”, diz a psicóloga Mariana Lima, que faz parte da equipe multidisciplinar da Oncomed, de Belo Horizonte (MG). “Não estou deixando de lado ou banalizando o sofrimento que alguns têm frente ao diagnóstico ou ao tratamento mas, na minha prática, é muito claro como as pessoas se surpreendem com a sua capacidade de superação e ressignificação do câncer como algo que veio para dar um novo norte a suas vidas e passam a valorizar o que de fato é importante, tentando viver de forma mais saudável e leve”, afirma. A confiança na equipe médica e no que o tratamento é capaz de oferecer é, ainda, uma nova chave para a superação dessa jornada emocional: acreditar que há uma saída, por mais difícil que tudo possa parecer, e cumprir à risca as recomendações  médicas, faz toda a diferença e precisa ser encarado com seriedade.

Volta para si

De acordo com Mariana, uma das principais lições deixadas pelo câncer é a necessidade de olhar para si, se cuidar e viver de uma forma mais saudável, tanto emocional quanto fisicamente. “Há uma retomada de valores e necessidades e uma priorização de si mesmo”, diz, explicando que o próprio tratamento exige essa conscientização.

Por conta disso, a doença pode representar uma oportunidade (e, na verdade, uma necessidade) de deixar de lado todos os problemas rotineiros para cuidar de si, revendo prioridades e hábitos de vida pouco saudáveis, que representam a causa da maior parte dos tumores em todo o mundo. Para a psicóloga do Instituto Lado a Lado, a ansiedade vai se dissipando conforme se encara o problema. “À medida em que o tratamento  vai acontecendo, as coisas se tornam mais contornáveis, mais possíveis. Muitos passam a rever medos e conceitos anteriores relacionados ao câncer; principalmente a ideia de que não haveria muito que ser feito”, garante Andréa.

Vontade de vencer

Para Rose, a vontade de vencer o câncer é fundamental na superação. Ela dá a receita: “é preciso pensar sempre que as coisas estão dando certo, mesmo quando elas dão errado. Encarar o processo por etapas, um dia de cada vez, acreditando que tudo vai estar melhor quando amanhecer. Acreditar no poder dos remédios e na experiência da equipe médica e – fundamental – não se deixar abater pelas dores dos semelhantes. Até parece egoísmo, mas deixei de acompanhar blogs que tratavam sobre câncer e procurei não entrar em detalhes nas histórias que ouvia no hospital. Por mais que cada caso seja um caso, a gente acaba  absorvendo a dor das outras mães e dos outros pacientes. Criei um blog para contar nossa luta e ele foi importantíssimo para manter a nossa força. Através dele, pudemos compartilhar nossa angústia e nossas vitórias. Quando dividimos a dor, ela se torna menor. E recebemos muito apoio e carinho de todos os leitores.”

Doença que provoca doença

O estresse vivido por um diagnóstico de câncer é tão grande para algumas pessoas que pode chegar a provocar transtornos psicológicos. Um dos mais expressivos é o Transtorno do Estresse Pós-Traumático (TEPT), um conjunto de sintomas específicos desencadeados pela exposição a um evento traumático, que envolve morte, sério ferimento ou ameaça à integridade física do indivíduo. “O câncer é uma doença que se encontra ainda muito impregnada por mitos e associada à morte no senso comum. Mesmo em casos em que haja um bom prognóstico,
pode desencadear o transtorno de estresse póstraumático”, afirma Mariana.

Além do TEPT, outras patologias de ordem psicológica, como depressão e ansiedade generalizada, podem ser desencadeadas pelo diagnóstico de câncer, e não devem ser ignoradas. “Por isso é tão importante o acompanhamento psicoterápico nessa fase, para que exista uma avaliação e um cuidado especial nesse momento”, orienta a especialista.

Uma nova identidade

A exposição de diversos casos de câncer na mídia, envolvendo pessoas queridas do grande público, como o ex-presidente Lula e o ator Reynaldo Gianecchini, traz a doença mais para perto da população que não convive com ela diretamente. Nesse sentido, o choque pela mudança
no visual (cabelos raspados para evitar a queda, que é a marca da doença) é o que mais chama a atenção, causando comoção geral. No entanto, a necessidade de se desprender do passado e refazer a identidade por conta da doença é emergente, embora represente um processo bastante
complicado do ponto de vista emocional. “Para muitas pessoas, a experiência do câncer, assim como uma série de outras experiências intensas e viscerais, tende a se tornar um ponto de parada, uma abertura para reposicionar-se diante de si, das relações com os outros e com o mundo”, lembra Andréa. É o momento, portanto, de dar as boas-vindas ao novo. E de aprender, de uma vez por todas, o significado da palavra “superação”.

 “Não sei de onde sai a força, mas conseguimos olhar de maneira positiva para tudo o que acontecia. Cada conquista era comemorada. E sempre procuramos monitorar nossa mente para não ter pensamentos negativos. Claro que não somos de ferro e vivemos dias de angústia, principalmente nas duas internações que ela enfrentou durante a quimioterapia. Eu e o meu marido nos revezávamos nas aflições. Quando ele caía, eu o erguia. E vice-versa. O fato da Luíza ser criança também foi um bálsamo, porque ela não tinha a dimensão do problema. Quando não estava passando mal, ela sorria, brincava e mostrava que a vida podia ser normal novamente. Algumas vezes, foi ela quem me levantou psicologicamente, mostrando que estava bem e que queria passar por tudo isso com força e alegria.”

Rose Araújo, mãe de Luíza (6 anos), que se salvou de um câncer no rim


terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Aproveitando cada minuto da vida!

Olá!

Ano novo, vida nova! Novinha em folha... muita coisa para viver... esse é a nossa visão agora! Estamos sempre querendo aproveitar cada segundo sem deixar nada escapar. Por isso, essas férias foram uma das melhores que tivemos.
Esse mês, Luíza ficou livre do hemograma, mas teve que fazer ressonância magnética e tomografia, ambos exames de acompanhamento - aqueles que deixam o papai e a mamãe sempre com frio na barriga.
Ela foi bem, ficou quietinha, mas no final da ressonância teve um apagão! Desmaiou no colo do Lê... nossa, que susto!
Voltou rápido, mas foi tempo suficiente pra gente ficar gelado. Acho que foi nervoso por ter de tomar o contraste. Graças a Deus, não foi nada demais e logo ela estava em casa brincando.
O resultado demorou cinco dias para ficar pronto. Controlamos bem a ansiedade e com a bênção de Deus, está tudo em ordem. Nenhuma alteração, nada de assustador, tudo no seu devido lugar. Obrigada, Jesus e Nossa Senhora das Graças!!!
Agora, a próxima visita ao hospital será dia 2 para mostrar os exames para a dra. Ana e fazer hemograma.
Semana passada, estava no supermercado com a Luíza e encontramos a Brenda, uma amiguinha da químio passeando por lá com os pais. Fiquei megafeliz ao vê-la cabeludinha e muito saudável!!!
Ela tem três anos e desde de um ano e cinco meses tratava de um neuroblastoma. Nunca a vi com cabelo e foi maravilhoso saber que ela está livre do tormento dos soros.
Esse tipo de notícia é que deve nos mover sempre! A mãe da Brenda estava me contando sobre três amiguinhos que não resistiram à doença e nos deixaram em agosto e isso realmente me deixou abalada. No entanto, exercitei firmemente minha capacidade de superação e olhei pra a Luíza e para a Brenda, lindas e cabeludas à nossa frente.
Disse a ela que podemos ser solidárias na dor, mas jamais nos impressionar com isso. Temos que agradecer diariamente a recuperação das nossas pequenas e focar nisso. Não é egoísmo, não estamos rindo e comemorando sobre a dor alheia... apenas não podemos passar a temer a doença que já está superada. Cada caso é um caso e ninguém sabe o que está reservado para nós no futuro.
É muito difícil mesmo não ficar traumatizado, mas isso deve ser uma meta para nós: olhar com mais amor e intensidade para a vida. E rezar para que Deus ampare os pais que passaram pela dor da perda. Somente Ele pode fazer isso...

Volta às aulas
Na próxima semana, viveremos mais um momento mágico. Luíza volta à escola depois de um ano afastada. Comprar o material nunca foi tão delicioso! Ela está animadíssima e não vê a hora de encontrar os amigos e a professora. Como é bom poder retomar nossa rotina...

Férias
Aproveitamos muuuuuito cada minuto dessas férias. Nos dias em que ficamos em casa, recebemos visitas de amiguinhas e do primo Pedro, que passou uma semana aqui com a vovó Vanja. Foi muita diversão, bolo de chocolate, pão de queijo e cinema...
Cinema com o primo


Visita das amiguinhas Letícia e Larissa


Como Luíza foi liberada para as brincadeiras na água, não perdemos tempo. Fomos para o Thermas dos Laranjais, em Olímpia; visitamos familiares e, claro, fomos para a praia, do jeitinho que ela sempre nos pediu. E teve até um dia de muita bagunça no Sesc Bertioga, lugar que amamos.

Thermas dos Laranjais

Visitando os priminhos de Olímpia

PRAIA - finalmente!


Helô, Mayara, Luiza e Luíza

Uma passadinha no Sesc Bertioga


Festas
Tivemos a oportunidade de reencontrar muita gente querida nesse mês. Duas festas em um único final de semana foram motivo de alegria e surpresas. Primeiro, fomos ao noivado da minha prima Érica e do Fernando e foi tudo de bom. Muita emoção, alegria, abraços e comemoração.
Dia 15, Luíza recebeu uma homenagem superespecial. Os tios e primos de Guarulhos fizeram uma megafesta para homenagear nossa princesa. Foi tudo maravilhoso!!! Revimos muita gente querida, dançamos, rimos, nos emocionamos...
Como agradecer tanto carinho?
Camila, Elton, Paula, tio Adelmo, tia Veva, tia Expê, tio Wagner, tia Néia, Junior, Léo, Simoni, Lívia, Natália, Bruna, Bel... amamos vocês! Muito obrigada de coração! Não temos palavras para agradecer tudo o que fizeram por nossa princesa...
Ela ficou tão à vontade na festa que atacou de DJ! Ficou na mesa de som controlando a fumaça da pista de dança e colocando todos para dançar... coisa linda de se ver!
Luíza e Davi

Uma família muito feliz!

Baladeira!


Brincadeiras no Shopping

Com a Júlia

Nossa DJ preferida

Com a Isete, uma guerreira querida

A gente gosta mesmo é de ser feliz!!!



Beijos

Rose

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

2011 acabou!!!

Pronto! Era tudo que a gente queria... acabou o ano... ano apertado...ano difícil... ano dolorido ... ano de lições! Acho que foram umas 4.500 lições...

Aprendi com todo mundo, até comigo mesmo... é claro tem coisa que vão ficar pra sempre na memória, no coração e na pele... tem coisa que vou esquecer... e tem coisas que eu queria esquecer muito, mas sei que não vou conseguir... paciência! Talvez essa seja mais uma lição...

Vamos lembrar de todas as vitórias, mas claro que antes delas tinham as batalhas (bem sofridas) e não tem como lembrar de uma sem lembrar a outra... tá vendo? Outra lição!

Dezembro foi um pouquinho difícil... ficamos recordando alguns momentos ... tipo Sessão da Tarde: "ah não! Esse filme chato outra vez!". Mas foram só filminhos na nossa cabeça... Também tivemos altas emoções! Nem dá pra descrever o quanto ficamos felizes com amigos que vêm nos visitar, escrevem ou telefonam ou os que simplesmente nos abraçam e expressam a alegria de ter torcido e nos acompanhado durante toda a jornada.

Alguns mimos de longe, muito longe, muito carinho dos que estão bem perto e de pessoas que não conhecemos e se tornaram queridas... Teve até dedicatória na revista "Na Mochila" (http://www.youblisher.com/p/215313-Revista-NA-MOCHILA-ed-18-DEZEMBRO-2011/)! Tia Lucy, danada, arrancou sorrisos, beijos, abraços e até um chororô da turminha aqui em casa... claro que eu não chorei, macho não chora! (eu acho!). Mas vou deixar vocês verem o que realmente sentimos hoje, e aí vcs podem dizer:




não é Linda?

Abraços!
Alexandre