domingo, 17 de junho de 2012

A vida como ela é

Olá a todos!

Esse ano está passando rápido, né? Lá se foi a metade de 2012!
Que bom! Apesar de não estarmos mais em contagem regressiva pra nada (graças a Deus!), seria bom se o mês de agosto chegasse logo. É que esse é um período muito especial do ano. Luíza vai completar 8 aninhos dia 2/8. E não é só isso: nesse mês, vamos completar 1 ANO do fim do tratamento e isso não é só uma data a ser comemorada. É muito mais que isso!

O primeiro ano após o tratamento ainda é cercado de muita expectativa. Tudo ainda é muito recente e as idas ao hospital ainda são constantes. Apenas para exames, é claro! Mas é uma rotina extenuante.
Voltar ao HE ou ao Hospital da Unimed sempre traz muitas recordações nada agradáveis. E a nossa ansiedade vai a mil a cada exame feito. O frio na barriga é impossível de controlar. Enquanto não sai o parecer do médico dizendo que está tudo bem, que ela está ótima, a gente treme nas bases.

Agora em junho Luíza está fazendo a bateria de exames do trimestre. Fez ultrassom, raio X e ecocardiograma. Tudo limpinho e tranquilo... ufa! Depois de agosto, esses exames deverão se tornar semestrais. E isso é um grande passo, um grande alívio também. Então, que venha agosto!

Alegria sempre!
Tirando esses exames e a tensão que eles causam, podemos dizer que a rotina tem voltado ao normal (a rotina, não a vida, porque a vida nunca mais vai ser como era. Tem outro sabor, outra cor...).
Luíza está superbem na escola! Está adorando tudo: as aulas, os amigos, a professora, a hora do recreio e as aulas de dança e de pintura em tela. Sim, ela já pintou dois quadros lindos. E o primeiro está aqui:


Ontem foi a Festa Junina da escola. Chorei baldes ao vê-la se apresentar. Foi inevitável comparar com a festa do ano passado, quando juntamos a família e fizemos o Arraiá da Luíza, tudo muito íntimo e cheio de cuidados, já que ela estava no meio do tratamento (veja aqui). Algumas pessoas até me dizem: pra que ficar lembrando disso? E eu respondo: isso é importante para solidificar a vitória e mostrar como tudo isso está ficando para trás.


Luíza dançou de caipirinha e, depois, de cowgirl. Uma graça! Sempre feliz e curtindo muuuiiito cada momento. Isso é o que faz a vida valer a pena!

Toda pedra no caminho...

Nesses quase três meses que não posto, aconteceram alguns sustos. Depois de um longo período sem ter nada, um belo dia Luíza começou a ficar abatida e a tremer. Coloquei o termômetro e veio o susto: 38,5°. Ela começou a chorar dizendo que não queria ir pro hospital. Nós a tranquilizamos e dissemos que não seria necessário, que a gente ia observar em casa. Foi uma longa noite em claro, medindo a temperatura a cada meia hora.

Dois dias depois, vieram os espirros e o nariz congestionado. Ufa! Apenas uma gripe... ah, que criança não tem gripe? Não é por nada, não, mas nunca imaginei que ficaria "feliz" em descobrir que era gripe. Sinal de que tudo está voltando à normalidade.

Tá, mas também não precisava exagerar, né? Passados alguns dias e depois de estar recuperada da gripe veio uma dor de barriga. Aí o negócio foi de assustar! E toca a gente ligar pra doutora Ana, que disse pra levar ao hospital. Luíza retrucou: "não, já estou ficando boa, não quero ir para o hospital". A dor foi resultado de um desarranjo intestinal, que logo passou e não voltou mais. Como isso aconteceu na véspera do ultrassom, nós ficamos um pouco mais calmos: qualquer coisa de errado, o exame apontaria. Não apontou nada, tudo tranquilo. Sintomas de um dia exagerando na alimentação inadequada (doces, churrasco e refrigerante).

Somando-se a esse turbilhão de emoções, veio uma notícia muito, mas muito triste mesmo. Ficamos sabendo que uma das coleguinhas de químio, que também havia se tratado do Wilms, virou uma estrelinha. Foi uma grande guerreira, mas tinha um tipo mais agressivo do tumor.

Essa notícia nos derrubou! Você tem um prognóstico de 90% de cura para essa doença e, de repente, fica sabendo que alguém tão próximo não conseguiu vencer! Como assim? Vem o medo, o desespero, a angústia e até mesmo a culpa. Como comemorar a vitória da nossa filha vendo uma mãe e um pai sofrendo a perda de seu filho pra essa doença maldita?

Toda a nossa solidariedade à família da linda Heloíse. Que Deus conforte o coração de vocês!

E, quanto à nós, cabe agradecer diariamente, de joelhos, as bênçãos que recebemos. Agradecemos a vida, a saúde, a alegria e a vitória. E sempre pedimos com todas as forças para tudo isso que nos aconteceu ficar guardado numa caixinha de lembranças do passado, para que a gente só abra quando precisar refletir e agradecer a Deus e Nossa Senhora.

E que venha agosto!

Beijos

Rose

5 comentários:

  1. Luiza ficou lindaaaaaaaaaaaaaaaa demais de caipirinha!! Deus abençoe vcs!! Beijos

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  2. É isso, Rose, agradecer a cada dia pelo dom da vida, pelos sonhos realizados, pelos muitos outros a realizar... E que todas as pessoas tenham em seus corações esse louvor à vida. Beijos!

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  3. Ola Rose, eu também estou passando por esse momento dificil, estou tratando de minha filha de 5 anos que teve tumor de wilms. Gostaria de algumas informaçoes a respeito do tratamento de sua filha, qual o protocolo de quimioterapia foi utilizado em sua filha.

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  4. Boa noite Rose, não recebi sua mensagem vc poderia envia-la novamente pro meu fecebook, ou email.
    http://www.facebook.com/CasallMartins
    casalsena@yahoo.com.br
    (porque tem uma nilse martins no fecebook que nao sou eu).
    Estou precisando tira duvida com quem já passou por essa situação difícil.

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